A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
No Brasil, a obesidade vem crescendo cada vez mais. Alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. E as expectativas de mudança nestes números não são nada otimistas.
Mas quais são as causas do sobrepeso e da obesidade?
Assim que nascemos começamos a ser submetidos às influências do meio em que vivemos. Nossas experiências, boas e ruins, são geradas por inúmeras e diferentes fontes, e ao longo do tempo moldam nosso estilo de vida, principalmente através da formação de novos hábitos.
Influências externas, que são ao mesmo tempo múltiplas e constantes, são responsáveis pela instalação dos hábitos negativos e por diminuir as funções de inibição do nosso córtex pré frontal. De um lado temos as indústrias alimentícias e farmacêuticas, que quanto mais as pessoas engordam, mais lucram. Do outro temos a indústria da beleza que preconiza um padrão quase sempre inatingível, mas lucra fazendo com que as pessoas acreditem que dessa vez será possível.
Junto a tudo isso está a indústria da comunicação, que através do neuromarketing, consegue identificar os desejos do consumidor, seus impulsos e suas motivações de compra, criando ações cada vez mais assertivas e abordagens que geram mais impacto na mente das pessoas e, consequentemente, têm uma maior conversão.
As interações sociais também são exemplos destas influências externas que jamais deixarão de existir. Uma pesquisa da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriu que quando os melhores amigos de uma pessoa praticam atividades físicas, as chances de ela também praticar são maiores do que se os mesmos fossem sedentários. Mas quando toda uma turma é sedentária, até a pessoa ativa tende a diminuir o nível de exercícios praticados. As pessoas aderem a um comportamento de membros de um grupo quando acreditam ou percebem que esse comportamento vai satisfazer os seus interesses.
Podemos listar três efeitos causados por tudo isso. O primeiro é a consolidação dos maus hábitos e pela diminuição do potencial do sistema de autocontrole e atenção. O segundo é um desequilíbrio homeostático com repercussões metabólicas e endócrinas em todo o sistema. E o terceiro é o acúmulo de gordura, estresse, hipertensão, fadiga, entre outras doenças.
Mesmo que as causas nunca cessem, quando consolidamos novos hábitos e aumentamos a nossa capacidade de autocontrole, atenção e motivação, trabalhamos sobre os efeitos um e três, pois esta nova vida, mais leve e saudável, agirá imediatamente sobre as doenças.
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