Hábitos são comportamentos que se repetem de forma automática. Existem inúmeros hábitos que podem melhorar a nossa saúde, como por exemplo, lembrar de beber água ou se exercitar regularmente. De forma geral, a maioria das pessoas sabe quais hábitos devem adotar para uma alimentação saudável e para melhorar sua qualidade de vida, como aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, por exemplo.
O que muitas pessoas não pensam em relação ao sentido amplo da palavra saúde, é que a forma como comemos, a motivação que nos leva a comer, onde comemos, etc, são pontos tão importantes quanto o que de fato comemos. Por isso listei três hábitos que englobam os aspectos não tão óbvios da alimentação.
O primeiro deles é a mastigação. A mastigação adequada é essencial para promover saciedade, especialmente durante um momento de emagrecimento e reeducação alimentar. Nosso corpo leva cerca de 20 minutos para atingir o que chamamos de saciedade cerebral, aquela onde nosso intestino já começa a receber o alimento, depois de passar pelo estômago, e sinaliza ao nosso cérebro através de neurotransmissores que a saciedade está chegando.
Se não damos tempo suficiente para que esse processo aconteça, maiores são as chances de consumirmos uma quantidade além do que realmente precisamos para nos sentirmos satisfeitos e bem nutridos. Em repetição, esse hábito irá levar a uma ingestão exagerada de energia, resultando em sobrepeso.
Portanto, exercite mais a sua mastigação e coma com calma. Além de apreciar mais os alimentos, irá favorecer sua saciedade e sua digestão.
Ainda pensando em possíveis exageros alimentares, no sentido de comer além do que ditam suas necessidades fisiológicas, o segundo hábito diz respeito às nossas emoções em relação à comida.
Talvez você tenha alguns hábitos instalados, como por exemplo, sempre consumir um doce após o almoço, sempre pedir uma pizza quando está estressado com o trabalho, sempre tomar uma taça de vinho quando está triste, e por aí vai.
A cada vez que você age dessa forma, está reforçando este hábito. E de fato, faz parte da nossa vida ter a comida presente em muitas situações, sejam elas boas ou ruins. Quando isso acontece em episódios isolados, como um aniversário, não há problema nenhum. O problema começa quando estes hábitos começam a dominar a maior parte da sua rotina.
Então preste mais atenção também na sua motivação em comer, em por que está comendo, e não apenas no que está comendo. Esse autoconhecimento e monitoramento são indispensáveis para um bom relacionamento com a comida.
O terceiro hábito é considerar os contextos em que comemos. Não podemos esperar que iremos comer todos os dias nos mesmos lugares, com os mesmos alimentos, exatamente da forma como queremos ou imaginamos.
Organização e planejamento da rotina são primordiais, mas não vivemos todos os dias da mesma forma e estamos sujeitos a imprevistos e outros eventos a todo momento. Por isso, precisamos saber avaliar cada contexto em que estamos inseridos a fim de fazer as melhores escolhas alimentares dentro dele.
Por exemplo, se você está numa festa de aniversário de criança, talvez faça sentido dentro do contexto comer um pedaço de bolo e um brigadeiro. Porém, se você for diabético, talvez isso não esteja dentro do seu contexto pessoal naquele momento.
Para cada um de nós, os contextos e suas ramificações serão distintos, então é importante exercermos o hábito de fazer essa avaliação constantemente para que, com autonomia alimentar, consigamos escolher o que mais nos convém a cada situação e a cada momento.
Segundo a OMS, saúde é “o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Portanto precisamos olhar além dos aspectos mais óbvios para desenvolver bons hábitos, ter uma boa relação com a comida e uma rotina de alimentação saudável e, consequentemente, saúde.
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